VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES VILA DE ARÕES

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma Descrição de Arões em 1997. COIMBRA, Artur

COIMBRA, A. Ferreira, FAFE: A TERRA E A MEMÓRIA, p. 117-121, Câmara Municipal de Fafe, Braga ,1997, ISBN: 972-95027-9-X

SÃO ROMÃO DE ARÕES

Freguesia conhecida antigamente por Arõis, Arones, Aronis, Arõoes e Harões, tem no seu território o único monumento nacional do concelho, a Igreja Românica.

Para o cónego Arlindo Ribeiro da Cunha, o topónimo Arões provem de Ero Fernandes. Ero seria o fundador da villa que ainda hoje conserva o seu nome: (villa) Eronis > (Terra de) Arões.

A família Arões teria herdades nas freguesias de S. Romão e de Santa Cristina, segundo aquele estudioso.

O território de Arões está documentado em 1014 e o orago desta freguesia está já estabelecido em 1220: «De Sancto Romano de Aronis». Setenta anos depois, fala-se na «freguesia de Sam Romaom de Arõoes».

O monarca tinha o apadroado da igreja da igreja, sendo o pároco apresentado pela Casa de Bragança, que tinha aqui grandes rendas.

No séc. XVIII, havia uma capela de Nossa Senhora da Conceição.

Atrás da igreja, existe uma casa brasonada (Arrochela), hoje desabitada e em ruína, classificada como imóvel de interesse público e que formava com aquela um belo conjunto arquitectónico. Craesbeeck escreve que «aqui fica a quinta de Leirô, em que viveo Gaspar de Arrochella, en que fez morgado, e o filho de Nicolao de Arrochella», morador em Guimarães. Aquele autor referia ainda a quinta dos Crespos, de Fernando de Costa de Mesquita e de Pedro de Magalhães Vilela, que deviam ser relevantes para o meio. Foi proprietário da Casa da Arrochela o Morgado, Nicolau de Arrochela, mais tarde titulado de conde, distinção atribuída pela Rainha D. Maria II, em 1852, como recompensa pelo facto de o Morgado a ter albergado em sua casa (Palácio de Vila Flor), aquando da deslocação da rainha ao norte do país, nesse ano.

Em Arões, há apenas uma capela dedicada a Santo Antão, no lugar da Portela, datada de 1905. Antes, porém, já havia no local uma ermida e uma via sacra, referida por José Augusto Vieira, no Minho Pittoresco, nestes termos «… via-sacra de Santo Antão, que ao passar a Portella de Arões se levanta no outeiro sagrado, onde vem as procissões de duas freguezias homonymas» 182, de S. Romão e Santa Cristina.

Arões é também terra do tradicional pão de ló e doces regionais, além de artesanato característico (cestaria, artefactos de arame e madeira, objectos de mármores, etc.).

Associativamente, existem na freguesia o Arões Sport Clube, Agrupamento de Escuteiros nº 907, Grupo Folclórico da Casa do Povo (fundado em 1979 e que anualmente organiza o Festival Nacional e Internacional de Folclore do concelho), Orfeão e Centro para a Formação da Juventude (fundado em 1972).

Em 1996, foi inaugurado e entrou em funcionamento o Lar de Idosos Cónego Valdemar Gonçalves, ligado à Paróquia.

São seus lugares principais, Arrochela, Assento, Bouça, Bouçó, Carvalho, Devesa, Estalagem, Ferreiros, Fontelo, Lage ou Barreiros, Lameira, Oleiros, Outeirinhos, Outeiro, Penedo, Picadouro, Portela, Prelada, Quintã, Reguengo, Teixeiras, Torre e Venda.

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182 VIEIRA, José Augusto, O Minho Pitorresco, p. 579.

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